SEMPRE CORRENDO...

domingo, 12 de dezembro de 2010

Natação para Portadores de Síndrome de Down


Recebem o nome de encefalopatias não-progressivas aquelas em que a causa determinante atuou num determinado momento sobre uma etapa do desenvolvimento do SNC (Sistema Nervoso Central), acarretando a interrupção ou lentidão deste. A causa pode ser uma cromossomopatia, uma infecção ou um trauma obstétrico.
A Síndrome de Down é uma encefalopatia resultante da cromossomopatia do par 21.
A evolução pré-natal se faz diferente desde as primeiras divisões celulares, tendo como consequência uma variada combinação de estigmas somáticos e uma lentificação nas etapas posteriores do desenvolvimento psicomotor pós-natal.
O Mongolismo foi descrito em 1866 por Down, que constatou ser o retardo mental acompanhado de alterações somáticas características e fáces semelhantes à da raça mongólica. Posteriormente foi demonstrado a impropriedade do nome, pelas diferenças que existem entre os pacientes com Síndrome de Down e as pessoas normais da raça mongólica.
As características mais comuns são: fáceis redonda e achatada com olhos amendoados e oblíquos, crânio pequeno e occipício achatado, língua grossa, pescoço grosso e adiposo, baixa estatura, mãos curtas e largas, apresentando nas palmas um sulco transverso extenso, dedo mínimo encurvado, hipotomia muscular generalizada, cardiopatia congênita (ocasionalmente), pele seca, cabelo fino e esparso, retardamento motor e deficiência mental.
Em certa idade o desenvolvimento se estaciona sem atingir o limite superior que se observa no normal.
O SNC amadurece lentamente, e o progresso não se continua até a idade adulta.
Nem todos os portadores de SD atingem grau suficiente de desenvolvimento para aprendizagem da leitura e escrita: o QI está geralmente entre 25 e 50, raramente entre 70 e 80.


Objetivos da Natação para crianças portadoras de Síndrome de Down


A metodologia da natação para a criança portadora de Síndrome de Down, deve organizar as atividades respeitando a etapa de desenvolvimento que a criança vive e propiciando espontaneidade.
Devem ser estimuladas as funções sensoriais e motoras, fala, funções cognitivas, alimentação e higiene corporal.
As exercitações da psicomotricidade no meio aquático devem oferecer a estruturação do esquema corporal junto a uma estimulação sensorial, auditiva, visual, tátil e fundamentalmente cinestésica, num ambiente de segurança (profundidade adequada, diálogo corporal e muita afetividade).
Recomenda-se evitar sugerir a solução da tarefa e a imitação de movimentos, dando ênfase à criatividade da criança; a linguagem e a expressão corporais terão prioridade na programação das atividades.
Os exercícios da natação devem enfatizar relaxamento e respiração para atingir sequências de movimentos rítmicos que incidam na estruturação do esquema corporal, coordenando dinâmica geral e viso-motora, orientação espacial, percepção temporal, organização postural, equilíbrio estático e dinâmico, além de propiciar o desenvolvimento da resistência cardiovasculorrespiratória e o fortalecimento muscular necessário a uma postura estática e dinâmica eficiente.


Referência Bibliográfica:
Livro: "Natação para Portadores de Deficiência"
Autores. Roberto Burkhardt e Micheli Ortega.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Aikido Christian Tissier





O Aikido é resultado de estudos e treinamentos do mestre Morihei Ueshiba, que buscou e dominou os segredos de numerosas artes marciais japonesas (Budo), passados de geração a geração desde a idade antiga.

Morihei Ueshiba definiu o Aikido, assim:

" O Aikido não é uma técnica para lutar contra um inimigo ou derrotá-lo. É uma maneira de conciliar as diferenças que existem no mundo e fazer dos seres humanos uma família. Significa que o segredo do Aikido é a busca da harmonia com o Universo, é tornar-nos unos com o Universo. Seus praticantes devem buscar esse entendimento por meio de treinamento diário".

No Aikido, treinamos dia-a-dia a sermos corretos. Para que uma técnica seja eficiente, é necessário a correção dos movimentos. Mover-se com correção significa mover-se de forma natural, com sentimentos naturais. Ter sentimentos naturais significa banir maus sentimentos como ira, medo, tristeza e raiva e aceitar os bons sentimentos.

Não existem competições no Aikido, pois sua idéia principal é mostrar que somos todos iguais, aprendemos com os praticantes mais graduados, mas também com quem possui menos tempo de treino e o fato de competir, faz com que a vaidade prevaleça, a idéia de superioridade, fato este que não cabe na prática do Aikido.

Na prática do Aikido não existe nenhum tipo de distinção, todos estão habilitados a treinar, mulheres, homens, crianças, idosos, portadores de deficiência, etc... Facilitado também, pelo fato de não ser necessário o uso da força bruta na aplicação das técnicas.

Pensando na prática de Aikido por crianças, percebemos que é uma ótima ferramenta para ser utilizado nas escolas, seguindo os parâmetros dos PCN, que incentiva a prática de lutas nas escolas, o Aikido entra como uma nova opção de arte marcial, onde se prega a amizade, o respeito, desenvolve o fair play, pois você necessita de um parceiro para os treinos e assim a criança cria uma percepção de responsabilidade, desenvolvendo uma visão holística e não mecânicista.

O Aikido mostra que você é importante para o universo, entende que suas atitudes influenciam sua vida, pois estamos nos inter-relacionando com o todo, (corpo -alma - natureza - sociedade).

Cito, Fritjof Capra:

" Devemos mudar a forma mecanicista de nos vermos e estabelecer uma visão holística, onde se entende e se valoriza as inter-relações que fazemos com o mundo. Entender a totalidade integrada e não parcelada."

Falo do Aikido com tranquilidade, pois pratiquei por quase 4 anos (após a faculdade voltarei a treinar), e sei o quanto melhorei como pessoa com a prática. Entendo eu, agora uma opinião pessoal, que o Aikido é uma ferramenta importantíssima no desenvolvimento pessoal e ajudaria demais as crianças em fase escolar a conhecerem valores de suma importância para suas vidas, tornando-as pessoas melhores.



Referências Bibliográficas

 
CAPRA, Fritjof: O ponto de mutação. Cultrix.

UESHIBA, Kishomaru: O melhor do Aikido. Cultrix. São Paulo. 2006

domingo, 5 de dezembro de 2010

Jogos Cooperativos

 


Muito interessante ter estudado e pesquisado mais sobre os Jogos Cooperativos, quando falamos de jogo, na maioria das vezes pensamos em algo competitivo. Pois aprendemos desde cedo que vencer é o importante, o vitorioso que é reconhecido, ganha medalhas e troféus.
Porém, desconhecemos a bagagem de aprendizado e valores adquiridos por aquele que não venceu uma disputa.
Para entender melhor as diferenças entre Jogos Cooperativos e Jogos Competitivos e conhecer suas definições, cito Brotto:
" Cooperação: é um processo de interação social, onde os objetivos são comuns, as ações são compartilhadas e os benefícios são distribuídos para todos.
Competição: é um processo de interação social, onde os objetivos são mutuamente exclusivos, as ações são isoladas ou em oposição uma as outras, e os benefícios são concentrados somente para alguns." BROTTO (1995).
Percebemos o quão é importante  passarmos alguns valores as crianças, pois entendo que tão importante quanto introduzir a criança a prática esportiva é ensiná-la que na vida ganhar e perder faz parte do jogo, que a vaidade em excesso não faz bem e que por diversas vezes o "perdedor" ganha mais que o "vencedor".
Terry Orlick, diz:
" Dar uma contribuição ou fazer alguma coisa bem simplesmente não exige a derrota ou a depreciação de outra pessoa. Pode-se ser extremamente competente, tanto física como psicologicamente, sem jamais se prejudicar ou conquistar o outro.
Muitas pessoas ainda acreditam que para "vencer" ou "ter sucesso", é preciso ser um feroz competidor e quebrar as regras. Muitas pessoas parecem achar que para ensinar as crianças a viver e prosperar na sociedade é necessário prepará-las para serem competitivas e tirar vantagens dos outros, antes que os outros o façam."
Hoje em dia, diversas empresas utilizam-se dos Jogos Cooperativos para estimular em seus funcionários o trabalho em equipe e mostrar que um depende da força e boa vontade do outro, para que o sucesso seja alcançado. Utilizar uma atividade em que no final todos ganham é uma ótima maneira  de mostrar que todos somos iguais, que o importante é se divertir, trabalhar em grupo, cooperar, respeitando a todos pois todos envolvidos no Jogo Cooperativo são parceiros e não adversários.

Referências Bibliográficas:

BROTTO, Fabio Otuzi, Jogos Cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar. São Paulo Cepeusp, 1995.
ORLICK, Terry. Vencendo a competição. São Paulo. Círculo do Livro, 1989.

OBS: Abaixo postei um vídeo muito legal onde Fabio Otuzi Brotto explica o que são os Jogos Cooperativos no programa Mais Você, da TV Globo.